Sobre o amor
Amor. Do latim amore. Adoração, veneração, sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, atração física. Conceitos diversos e variados. Explicações infindáveis acerca dos seus efeitos. Triviais ou não, são opiniões. O mais interessante é que hoje em dia amor virou sinônimo de “bom dia” ou algo do tipo. Falar “eu te amo” é como espirrar; todo mundo pode, consegue e sente isso por qualquer um. É como se ouvir “eu te amo” inspirasse confiança e adoração. E o que é mais estranho, pensar no amor hoje em dia é pensar apenas na relação homem e mulher, o que não deixa de ser certo, todavia a gente não ama apenas uma pessoa a qual estamos interessados fisicamente, psicologicamente e sexualmente. O amor vem do berço.
Quem não conhece, primeiramente, o amor próprio é incapaz de dar amor aos outros. Veja bem, dar amor e não se dar sexualmente, até porque ninguém aqui quer incitar ninguém a sair por aí transando. Mas retomando ao pensamento, se uma pessoa é incapaz de se amar, se respeitar, se querer bem, ela tem poucas chances de fazê-lo por outrem. E, segundamente, se você não consegue amar sua família, nem que seja apenas sua mãe ou seu pai (pelo menos um deles), é estranho imaginar que o senso de amor vai chegar a tal ponto de você querer montar uma família. É uma coisa que tem mais haver com lógica do que com sentimento. Além disso, esse amor materialista que as pessoas comumente espalham e cultivam por aí não é algo de todo positivo. Tá, é bom você venerar e adorar seu salário, sua casa, sua comida, sua televisão, seu computador e etc, mas eles não conseguem emitir outra coisa a não ser calorias, ondas e prejuízo em alguma época do mês. Mas se você consegue entender o conceito de amor e carregá-lo por toda sua vida não se preocupe se algum relacionamento “ir por água abaixo”. É normal achar que o mundo vai acabar porque o grande amor da sua vida lhe deixou, mas sua vida não acaba, o mundo não acaba e nem para de girar; o máximo que acontece é você ficar alguns quilos mais gordo (ou mais magro) e talvez com um tremendo porre.
Ainda sim é essencial amar. Amor é revigorante e amar é complexo. Ninguém entende perfeitamente sua essência, mas todo mundo sente. Se você não ama fica fadado à infelicidade e se você ama fica submisso ao sofrimento. Contraditório ou não, ame. Ame o sol, a lua, as estrelas, sua família, a alguém especial, seus amigos e a você. Só não se esqueça da nobreza desse sentimento e que não dizer “eu te amo” não significa que você é frio, interprete mais como um processo seletivo. Nem todos merecem, mas quem merece preserva e valoriza. E só assim, ame.
Listen : Eduardo e Mônica (Legião Urbana)
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