My first

Primeiramente, desculpas a todos. Em virtude de um acidente comigo mesma fiquei impossibilitada de realizar a postagem do dia 01/02. A partir do próximo domingo publicarei meus textos normalmente. Hoje publico o texto que seria de estreia minha no blog. Não é um texto de vivências minhas, mas sim oriundo de um outro texto. Estava lendo uma espécie de crônica dia desses e as palavras foram surgindo. Mesmo não sendo muito do meu estilo e correndo o risco de não agradar muito vou dividir com vocês o que seria um texto ''sério''. Espero, realmente, que gostem.

Quando a gente se casa e fala ''até que a morte nos separe'' nem imagina a força e o realismo que essa frase possui. Mas nos dias de hoje é tão difícil um casal suportar anos de convivência, que essa morte pode ser facilmente substituída por ''até que o cartório nos separe''. Não foi isso que aconteceu entre eu e Beatriz.
A gente se conheceu na festa de aniversário de 1 ano do meu sobrinho, Carlos. Minha irmã era muito amiga de Beatriz e convidou-a. Me encantei a primeira vista com aquela moça de cabelos vermelhos e sardas. Minha irmã dissera que ela sempre fora a mais inteligente e esforçada da turma, coisa que não duvido. A moça se formou em Medicina e atuou na área de Pediatria. Meses depois nos encontramos num bar, foi aquela surpresa. Ela mais linda do que nunca e eu mais apaixonado do que nunca. Daquele dia em diante saímos mais algumas vezes e, finalmente, ao som de um lindo bolero, nos beijamos. Não tardou semanas, pedi Beatriz em namoro e depois de 4 meses, em noivado. Um ano após estávamos programando o casamento.
Moramos na Tijuca e por causa da morte da mãe dela fomos para Brasília. Fomos felizes. Muito felizes. Tivemos uma única filha, Soraya. Nossa menina tinha o cabelo e as sardas da mãe, os olhos claros da minha mãe e meu temperamento rebelde. Chegamos a passar férias na Inglaterra e França. Não posso reclamar do meu casamento, da minha família e sobretudo, da minha esposa. Posso reclamar apenas da medicina. O ramo que Beatriz escolhera e passara anos se dedicando, matou-a.
Deixe-me explicar! Ela contraíra um terrível câncer na medula; ''os médicos fizeram tudo o que podiam'' ... essa frase me tortura até hoje. Perdi o que mais amei na vida. O cartório não nos separou, mas sim a morte, essa coisa tão fria e sem hora para chegar.
Hoje fazem 3 anos da morte dela. Estou sentado na cama que ainda guarda o seu cheiro. Na cama que nos amamos e fomos um só. Soraya está estudando Arquitetura e está se transformando numa moça linda, como a mãe. Apesar de tudo, eu sou o homem mais completo e realizado que esta Terra já teve, pois sei que eu e Beatriz estamos juntos, PRA SEMPRE.

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